O Seu/Meu Jogo


Foi um prazer.
Um enorme prazer em jogar, o seu jogo.

Uma pena você não ter prestado atenção quando avisei que éramos muito parecidos, me subestimou.
"As boazinhas são as piores", bons jogadores devem jogar limpo, mas se for para jogar sujo, sou melhor ainda. Você quis pagar para ver. "Quero que seja tão boa quanto eu", eu era melhor, mas ainda não sabia. Achei que estivéssemos no mesmo patamar, então valeria a pena a jogatina, mas você não sabia nem o que estava fazendo. Antes de enfrentar com unhas e dentes, é bom conhecer o seu adversário, achar que o conhece não é o suficiente. Ser "boazinha" não significa ingenuidade, principalmente quando meus olhos e ouvidos monitoravam todos os seus movimentos. Eu estava bem ciente. Não seria passada para trás, não por você.
 
Te conheci no erro, sabia alguns de seus truques. Mais esperta do que eu só se houvessem duas de mim, você escolheu a oponente errada. Movi peça por peça, te encurralando em uma armadilha que você mesmo criou sem se dar conta. Se preocupou demais com uma estratégia super elaborada, estava confiante demais e não viu os diversos erros, distrações, dividiu a atenção e se atrapalhou. Meu intuito não era apenas vencer, aceitei pelo prazer de sentir a adrenalina envolvida em cada uma de nossas partidas. Te conhecer através de suas jogadas, um tanto quanto mal feitas e mal planejadas, reforçava como costumavam ser as suas ações e decisões na vida. A culpa nunca foi minha, foram das suas péssimas escolhas. Avisei desde a nossa primeira partida, "Lide com as consequências de suas decisões."
Você perdeu. 

Que venha o próximo jogador, porque agora, esse jogo é meu!

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